Luiz Gustavo Pacete
21 de julho de 2016 - 11h48

Quais as métricas? Qual a audiência e o retorno? E o perfil dos usuários? Essas perguntas não saem da cabeça dos profissionais de marketing, das agências e dos produtores de conteúdo que vêm aumentando a frequência de uso e interesse em relação ao Snapchat, um aplicativo que possui 150 milhões de usuários ativos e cresce significativamente no Brasil.

Profissionais de agência, inclusive, confessam que o diálogo com o Snapchat ainda é difícil. Pois bem, esse distanciamento em relação ao mercado brasileiro parece estar chegando ao fim. Nesta quarta-feira, 20, sem muitos alardes, a empresa enviou ao Brasil o executivo Kevin Frankefeld, diretor de parcerias. Kevin esteve na parte da manhã nas agências do Grupo DAN e fez uma palestra no fim da tarde na DM9DDB. Até o fim da semana deve passar por Ogilvy, F.biz, Africa e Almap.

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Falta de informação é entrave para marcas no Snapchat

Especificamente na DM9DDB, onde Meio & Mensagem acompanhou a apresentação, Kevin se encontrou com pouco mais de quarenta profissionais de digital, mídia e criação e mostrou como as marcas podem fazer o melhor uso da plataforma. Ele trouxe alguns exemplos de empresas que já usam o Snapchat nos Estados Unidos e respondeu a perguntas. Algumas delas relacionadas a métricas e possibilidade de compartilhamento de conteúdo com outras redes sociais.

Kevin fala aos profissionais da DM9DDB

A visita de Kevin ao Brasil foi articulada pela equipe de Enor Paiano, vice-presidente sênior de partnership sales da Internet Media Services (IMS). Adrian Ferguson, vice-presidente de mídia da DM9DDB, ressalta que a aproximação do Snapchat ao mercado brasileiro é necessária e importante. “É um aplicativo que, em menos de 18 meses, ganhou proporções que muitos não imaginavam. E o nível de consumo da plataforma vem mostrando que ela pode se aproximar muito rapidamente de outras plataformas importantes como Facebook e Instagram. ”

Conhecido pelo curto tempo de armazenagem do conteúdo, 24 horas, o Snapchat anunciou há algumas semanas a funcionalidade Memories que permite salvar snaps em uma galeria e compartilhar posteriormente um snap antigo.

Ferguson explica que o maior desafio das agências neste momento é de fazer com que as marcas encontrem o tom na plataforma. “Métricas, dados, isso vai evoluindo, mas encontrar a identidade na plataforma será um desafio. Quem errar a mão pode fazer papel de ridículo”, diz o executivo.

Ainda há poucas informações dos planos do Snapchat para o Brasil, apesar de Kevin ressaltar a importância do País com sua visita ainda não está claro se a empresa se instalará logo por aqui ou abrirá o caminho no País por meio de uma representação. No início de julho, Catherine Boyle, analista-chefe da consultoria eMarketer, disse ao Meio & Mensagem que, mesmo nos Estados Unidos, as marcas ainda possuem dúvidas e poucas informações de como utilizar melhor a plataforma. Segundo ela, o número de usuários do Snapchat nos Estados Unidos deve superar o de usuários do Twitter até o fim deste ano.