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Da voz viestes, à voz voltarás

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Da voz viestes, à voz voltarás

Como as VDAs (virtual digital assistants) vão redefinir o que conhecemos por interface.


13 de abril de 2017 - 15h34

Por Leo Xavier (*)

Voz.

Telecom começou com ela e foi, por muito tempo, definida por ela.

Não é tão distante a época em que a voz era o que havia mais valioso no mundo da telefonia. E era sobre ela que se pensava a disrupção e a ruína das Telcos.

Primeiro, o mundo VoIP. Pronto, vão matar todas as operadoras. Então, o SMS. Agora é que ninguém vai mais ligar para ninguém. Daí, os Apps de mensagens. Não tem mais jeito, vai acabar de vez. Mais recentemente, ligações pelo WhatsApp. Eita, agora é que as operadoras vão quebrar.

Curiosa essa obsessão pela voz ou pelo fim dela. De toda forma, chave entender como as operadoras passaram a depender cada vez menos da voz como receita e, mesmo assim, como nós continuamos a falar, conversar por voz, seja no formato que for.

Ironia fina é que será ela, a voz, a grande nova estrela do mundo digital. Dessa vez, como a próxima grande interface entre homem e máquina.

No último Google I/O, a gigante da internet divulgou que 20% das buscas feitas em dispositivos móveis já eram por voz.

Outro dado impressionante é que este é um movimento recente e exponencial: 60% de quem faz uso de voice search adotou o comportamento há menos de 1 ano.

Outro estudo do mesmo Google aponta que a tendência não tem barreira de idade: 55% dos teens e 41% dos adultos norte-americanos fazem buscas por voz mais de uma vez por dia.

Por outro lado, os objetivos da busca por voz são bastante distintos entre as gerações, como mostra o quero abaixo:

Esses dados levam muitos a dizer que 2017 será o ano da voz, ou melhor, o ano da busca por voz.


Por trás dessa afirmação está o crescimento acelerado das VDAs (Virtual Digital Assistants) e o destaque dado por todos grandes atores do mundo digital: Apple com Siri, Microsoft com Cortana, Amazon com Alexa, Google Now e até mesmo o Facebook.

Enquanto essas soluções têm a escala e alcance de seus donos, vale notar que são basicamente grandes diretórios e com uma lógica de uso muitas das vezes iniciada pelo usuário, com respostas básicas, padronizadas e ainda pouca interação, muito menos predição.

Valioso é perceber que há outras empresas que se propõem a levar as assistentes virtuais dotadas de inteligência artificial para um outro nível. Destaque para Amy Ingram, da companhia novaiorquina X.ai. Amy tem um perfil no LinkedIn e, copiada nos seus emails, passa a te ajudar a agendar reuniões, almoços, cafés e encontros.

(*) Leo Xavier é fundador e CEO da Ponto Mobi.

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