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Exclusivo: Rise Conf direto de Hong Kong

Empreendedores de Cingapura, França, Hong Kong, Israel, Estados Unidos, Índia, Malásia, Tailândia e Austrália estavam muito interessados no ecossistema de venture capital e startups do Brasil. E essa percepção não é só minha.


10 de julho de 2019 - 10h23

Resumo do primeiro dia da Rise Conf em Hong Kong.

Por Fabiano Goldoni*

 

A primeira impressão que podemos ter desse evento é que ele é do tamanho do mercado da Ásia. Mais de 16 mil pessoas de 114 países presentes durante a manhã e tarde. O Brasil está nos top 20 países com presença de investidores, empreendedores e visitantes. A brasileirada logo montou um grupo de WhatsApp para se encontrar no evento, mas o encontro acabou ficando para o happy hour, pois o networking e o conteúdo foram de alto nível. 

 

O evento é muito orientado para geração de negócios. Áreas específicas são reservadas para investidores e empreendedores, para reuniões e mentoria. A sensação que eu tive foi de ter conversado literalmente com meio mundo. Empreendedores de Cingapura, França, Hong Kong, Israel, Estados Unidos, Índia, Malásia, Tailândia e Austrália estavam muito interessados no ecossistema de venture capital e startups do Brasil. Essa percepção não é só minha. Numa das apresentações no palco central, Hans Tung da GGV Capital mostrou um grande panorama do desenvolvimento de tecnologia e crescimento economia digital no mundo. Para ter uma ideia ele foi um dos primeiros investidores do Alibaba e do Slack, acumulando mais de 10 unicórnios investidos em early-stage. Segundo ele, Ásia e América do Sul despontam como o grande potencial global de transformação digital dos negócios. Foi taxativo ao dizer que “investimento na América Latina tem que ser no Brasil. Não invisto em ninguém que não esteja no Brasil.” (Toma aqui meu cartão, amigo! Pode pegar dois!). Rômulo Perini, da Play Intellectual Capital, que estava presente no evento também, comentou que da mesma forma que nós olhamos para a Ásia como grande mercado, a Ásia olha para o Brasil como um grande mercado. Então, vamos parar com essa síndrome de vira-lata e começar a fazer os keynotes para buscar esse dinheiro asiático. 

 

Um conteúdo bastante concorrido foi apresentação do CTO da Uber. O assunto dos carros autônomos veio à tona com bastante força nas perguntas dos debatedores. Ao confrontar os Carros Autônomos vs Transporte Público ele foi bastante taxativo: “Os carros autônomos serão o transporte público On Demand”. O maior desafio da empresa hoje para massificar o carro sem motorista são, justamente, nós os motoristas. A segurança ao misturar carros autônomos com carros pilotados por humanos é um problema, pois os carros autônomos deverão se comunicar melhor do que nós com as nossas buzinas e setas. Segundo ele, estamos a menos de três anos de ter a primeira cidade com transporte público 100% autônomo. 

 

No final, aproveitei para olhar tecnologias relacionadas a Big Data e, de quebra, fazer um teste de DNA. Mas não tinha nada a ver com paternidade. A Orig3n é uma empresa sediada em Boston que promete fazer uma leitura do DNA de cada indivíduo e comparar com pessoas semelhantes para prever basicamente tudo referente a saúde daquela pessoa. A aplicação disso tem finalidade de prevenção de doenças baseadas na indicação de nutrição e tratamentos preventivos, além de dicas gerais de saúde personalizada para cada indivíduo. Em outras palavras a informação do meu DNA será compartilhada entre todos os usuários de forma anônima para gerar uma inteligência preditiva de acordo com as minhas características. Ou seja em breve teremos publicidade baseada no DNA. Alguém viu se o DNA é mencionado na lei geral de proteção de dados?

 

É possível acompanhar esse giro pela tecnologia da Ásia e todo conteúdo do evento neste feed: https://www.instagram.com/s/aGlnaGxpZ2h0OjE3OTAxMzQ4ODE3MzM0NjA3

(*) Fabiano Goldoni é co-fundador da Alright AdTech Company, professor e palestrante.
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