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Levantamento da CapTable/Startse aponta aumento de 71,19% em startups

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Levantamento da CapTable/Startse aponta aumento de 71,19% em startups

Dados apurados pelo CFG (Crowdfunding Group) mostram que a modalidade conhecida como crowdfunding de investimentos movimentou cerca de R$79mi no ano passado


30 de janeiro de 2020 - 8h34

 

O brasileiro está apostando mais em investimentos coletivos em startups. Em 2019 foram contabilizados R$78.758.300,00 em aportes na modalidade, um número 71,19% maior em relação ao aportado em 2018 . Os números foram levantados pelo CFG (Crowdfunding Group) e levou em consideração as informações de rodadas concluídas em 13 plataformas de crowdfunding de investimentos com atuação no Brasil registradas pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

Indicadores de crescimento – De acordo com um dos co-fundadores do CFG, Paulo Deitos, os números deste mercado nos últimos quatro anos e o atual momento econômico possibilitam traçar um cenário otimista para este ano. “Se compararmos os resultados anuais de 2016 e 2019, tivemos um aumento de 844% em quatro anos. Houve uma descoberta da modalidade pelas startups e a tendência é que os volumes a serem captados tornem-se maiores”.

Confira os indicadores:

APORTES EM CROWDFUNDING DE INVESTIMENTOS

Valores anuais captados:
2016 – R$ 8.342.924,00
2017 – R$ 12.836.000,00
2018 – R$ 46.006.340,00
2019 – R$ 78.758.300,00

Em 2019:
Captados por períodos
Primeiro Semestre: R$ 36.409.600,00
Segundo Semestre: R$ 42.348,700

Valores pleiteados pelas startups:
2017 – R$ 7.700.000,00
2018 – R$ 69.500.000,00
2019 – R$ 124.800.000,00

Valor médio das ofertas:
2017 – R$ 650.000,00
2018 – R$ 1.400.000,00
2019 – R$ 1.200.000,00

O próximo unicórnio – De acordo com Giácomo Diniz, professor de Finanças no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (IBMEC) de São Paulo, a opção de buscas investimentos coletivos – em que qualquer pessoa pode se tornar investidora de uma startup com valores relativamente baixos – começa a ser vista como real por diversos empreendedores digitais.

“Em 2016 praticamente não existia. Em 2017 os números eram incipientes. Mas houve um crescimento gigantesco em dois anos. O que pode ter dado um impulso foi a descoberta da modalidade pelas pessoas. Há uma tendência no aumento dos volumes pleiteados”.

Um bom exemplo de como esse mercado teve um bom momento em 2019 é a CapTable, uma das mais recentes em atuação no ramo. Criada em julho do ano passado tendo a StartSe como uma das sócias, conseguiu arrecadar R$4,25mi para cinco projetos que passaram por suas rodadas. “Em apenas cinco meses foi possível confirmar o nosso foco de trabalho que é primar pela qualidade. Fazemos uma triagem rígida de todos os empreendimentos que querem fazer captação conosco para passar mais credibilidade aos nossos investidores. Afinal, temos a intenção de que daqui saia um dos próximos unicórnios”, explica Guilherme Enck, co-fundador da CapTable.

Novo momento de investimentos – Entre as fintech, e-commerce, healthtech e agritech que conseguiram captar dinheiro com a CapTable, se destaca a socialtech Trashin. A proposta de transformar lixo em dinheiro animou 460 pessoas que aportaram um total de R$1,1mi por 10% da empresa. De acordo com o CEO da startup, Sérgio Finger, entre as diversas opções para busca por investimentos, o que pesou na escolha de uma plataforma de crowdfunding de investimentos foi a facilidade e rapidez com que o dinheiro é levantado.

“Esse aporte está acelerando nossos planos de tornar o nosso modelo de negócio em referência na América Latina”.

Ao analisar os números, o professor de Finanças do IBMEC aponta que a taxa de juros SELIC em sua mínima histórica pode ser um dos fatores que explicam o aumento por essa demanda. “É possível desenhar um cenário de pessoas mais interessadas nesse mercado em razão dos perfil de risco ter aumentado para se conquistar ganhos financeiros maiores”.

Paulo Deitos conta que a CFG percebeu esse movimento e disponibilizou cursos online de investimentos alternativos para democratizar o conhecimento sobre opções como as oferecidas pela CapTable neste momento de mudanças na economia.

O chamado crowdfunding de investimentos (por um bom tempo chamado de equity crowdfunding, hoje em desuso) foi regulamentado pela CVM em 13/07/2017 através da Instrução Normativa CVM 588. De acordo com normas regulatórias, as empresas que querem fazer oferta pública de investimentos coletivos podem arrecadar um montante de até R$5mi.

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