Notícias
Publicidade em delivery: a fome com a vontade de vender
Rappi e Uber Eats destacam a inserção de anúncios como parte estratégica do negócio e ressaltam a importância do recurso para branding e performance
Siga-nos
Publicidade em delivery: a fome com a vontade de vender
BuscarRappi e Uber Eats destacam a inserção de anúncios como parte estratégica do negócio e ressaltam a importância do recurso para branding e performance
Luiz Gustavo Pacete
25 de novembro de 2020 - 8h00
Ecossistema. Essa é a palavra que as empresas que atuam como plataformas de serviços de entrega mais utilizam para definir o sucesso de suas soluções. Entregadores, restaurantes ou qualquer outro tipo de comércio e marca, além dos usuários, compõem esse universo. E além de players, ele também possui inúmeras ferramentas da qual depende o sucesso de todos. Seja uma feature nova do aplicativo ou uma vertical recém-lançada. Rappi, Uber Eats, iFood, e outras plataformas, precisam inovar para manter o ecossistema fortalecido e girando e a publicidade tem um papel importante neste contexto.
Uber Eats: como construir uma marca derivada
Um dos recursos que vem ganhando cada vez mais força nos apps é a publicidade. Não a publicidade tradicional, mas aquela dentro do próprio app que permite aos restaurantes ou marcas que utilizam essas plataformas a ganharem visibilidade. O crescimento desse tipo de serviço durante a pandemia também impulsionou as discussões sobre mídia digital em apps. De acordo com a Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, os gastos com aplicativos de entregas apresentaram alta de 10% no primeiro semestre de 2020.
E com isso, também cresceram as oportunidades de publicidade em apps de delivery. A Uber Eats, por exemplo, começou a testar a solução nos Estados Unidos, em agosto. Uma funcionalidade que, segundo Fabio Plein, diretor-geral da Uber Eats no Brasil, deve chegar ao mercado brasileiro em breve. “A lógica por trás dessa possibilidade é dar a chance para que os parceiros, principalmente os restaurantes, possam promover suas ofertas no nosso app com eficiência e em escala. Identificamos que, com a publicidade no app, existe um retorno de investimento de até cinco vezes para os parceiros”, explica.
Segundo Plein, a forma de metrificação será semelhante a que já ocorre na mídia programática. “O principal modelo que estamos adotando neste formato é o CPC, ou seja, custo por clique, quando o restaurante ou marca parceira só paga quando o usuário clica na publicidade que aparece no topo do nosso app. Por outro lado, você passa a ter uma possibilidade de segmentação muito relevante conseguindo identificar as preferências dos usuários”, afirma.
Sergio Saraiva, CEO da Rappi Brasil, explica que existe um equilíbrio entre vendas e construção de marca dentro do aplicativo. “Pense que você é uma marca de consumo, que é vendida em um supermercado, por exemplo, a gente permite várias funções para que você se posicione na plataforma, considerando a quantidade significativa de pessoas que passa por lá. Esse parceiro pode organizar suas prateleiras aparecendo nos primeiros lugares, fazer as sugestões na hora do check in e outras possibilidades que vão além da venda”, diz Saraiva.
Rappi investe em vertical de entretenimento
Flávia Nobre, head of industry de apps da Verizon Media, reforça que, no caso do app, o consumidor já está em uma plataforma cada vez mais propensa à conversão, em que ele poderá efetuar um download, uma compra ou geração de um lead. “Com isso, o formato de publicidade em apps acaba sendo mais rentável e é utilizado muitas vezes para campanhas que objetivam atingir a base do funil de compra e conversão, mas já temos uma grande penetração do consumo de conteúdos em vídeo, formato publicitário mais tradicional para objetivos relacionados ao meio e topo do funil.”
Veja também
Como a mídia programática pode inovar a publicidade no rádio
Especialistas analisam a possibilidade de comprar espaços publicitários de forma automatizada no rádio tradicional e quais são as vantagens disso
Como a tecnologia pode impactar pequenos negócios
Por meio de aplicativos para celular, startups oferecem soluções para unir indústria, mercado varejista e consumidores