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Comscore: publicidade digital perde US$ 2,6 bi anuais com fake news

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Comscore: publicidade digital perde US$ 2,6 bi anuais com fake news

Startups como Netza&Cossistema e BigDay podem ajudar as marcas, sobretudo as PMEs, nesse combate


19 de janeiro de 2022 - 6h03

Indústria global de publicidade programática movimenta US$ 155 bilhões anuais e pouco mais de 1,6% desse total acaba em sites de notícias falsas (Crédito: Shutterstock)

Segundo dados de pesquisa realizada pela Comscore, em parceria com a NewsGuard, plataforma que avalia a confiabilidade dos sites, a publicidade digital perde US$ 2,6 bilhões em fake news ao ano. A pesquisa observou 7,5 mil sites com tráfego e custos de publicidade medidos e cruzou dados com mais de 6,5 mil sites classificados como não confiáveis pela NewsGuard. O resultado mostrou que, em média, 1,68% dos investimentos em anúncios acabaram em sites que continham fake news. Partindo do princípio que a indústria de publicidade programática movimenta US$ 155 bilhões anuais globalmente, se calcula a perda de US $ 2,6 bilhões.

Fabiana Baraldi, head de inovação e transformação da Netza&Cossistema, comenta que a ideia de fake news, de forma geral, é algo que existe desde o Império Romano. Porém, com a chegada da tecnologia, o problema se acelerou e passou a ser extrapolado, principalmente, nos últimos três anos. E, com isso, as empresas passaram não só a prestar atenção na questão, como também a perder rentabilidade de acordo com o tamanho da empresa. Esse combate às fake news tem que passar a ser uma área dentro das empresas, elas não podem depender apenas das techs, seja do Google, do Twitter ou Facebook, por exemplo, que propagam isso, ainda que não por vontade própria. A tecnologia todo dia tem um asset novo e essa situação tende a aumentar. Essa atenção, agora, deixa de ser marginalizada, é um fato e vai fazer perder dinheiro, consumidores etc. É preciso estabelecer um guardião a respeito disso ou uma área, é extremamente necessário. Para mais do que uma notícia de retratação ou esclarecimento, é preciso se estruturar, assim como muitas empresas há dez, quinze anos atrás não tinham área de tecnologia e começaram a criar”, argumenta a executiva.   

Diante desse cenário de busca de soluções de proteção para o mercado de publicidade, as startups vêm se mostrando como possíveis parceiros na busca de solução para proteger a publicidade digital desta questão. Fábio Naranjo, cofounder e CEO da BigDay, startup do ecossistema que trabalha com monitoramento e inteligência de dados, afirma que é importante é lidar com oproblema sempre com inteligência de dados, relatórios gerenciais, mapeamento e monitoramento de anúncios e campanhas que as pequenas e médias empresas veiculam. As grandes já atuam com isso. “É preciso fazer o direcionamento de campanha dos seus anúncios o mais específico possível para atingir o seu público-alvo e essas campanhas não parem, sem o consentimento da empresa, em algum tipo de site que propaga fake news. Com estratégias no dia a dia para acompanhar, monitorar e mapear tudo que se faz no digital da empresa, só vai ter a ganhar, vai conseguir direcionar mais ainda seus anúncios, pagar menos em clique, gerar mais conteúdo e retorno para essas campanhas também”, explica Naranjo. O profissional comenta que o mercado evoluiu nesta área, dado  o que aconteceu nas eleições de 2018. “Sabemos que foi um marco para todos que acompanham essa área de tecnologia. Já vimos que, em 2020, isso evoluiu, principalmente, com as grandes companhias se juntando para não deixar as fake news se propagarem, até mesmo essas grandes empresas adquirindo startups para fazer esse rastreamento de fake news, investindo muito”, diz. Mas, ainda assim, afirma, a melhor maneira de frear o problema é com monitoramento, análise dos dados e a conscientização dos próprios usuários. 

*Crédito da imagem do topo: Shutterstock

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