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Zoo da inovação: O que é uma startup dragão?

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Zoo da inovação: O que é uma startup dragão?

Empresas que desenvolvem valores para seus investidores e aporte acima de US$ 1 bilhão são características desses empreendimentos


6 de julho de 2022 - 15h20

Sobre as nomenclaturas, o CEO e fundador da startup BHub, Jorge Vargas Neto, entende que são mecanismos de simplificar e trazer complexidade para visão mais “lúdica” para o grande público (Crédito: Digital Store/Shutterstock)

Segundo a definição do dicionário Michaelis, o dragão é um “ser fabuloso, semelhante a um grande lagarto alado, representado com cauda de serpente e garras enormes, geralmente dotado da capacidade de expelir fogo pela boca”. No entanto, essas criaturas místicas, que são protagonistas de séries e filmes como Game of Thrones e Como Treinar o seu Dragão, também podem ser importantes indicadores no mundo dos negócios.

Assim como as fantasiosas startups unicórnios, as dragões trazem em seu significado referência à magia e algo difícil de ser encontrado. A terminologia foi apresentada em 2013 a partir do artigo do Tech Crunch, no artigo “Welcome to the unicorn club: laerning from billion-dollar startups”, para determinar empresas valiosas que buscam (e alcançam) aporte acima de US$ 1 bilhão em única rodada, além de serem capazes de retornar o valor dos investidores de forma igual ou superior. Diferentemente dos modelos Camelo, que pretendem atravessar as adversidades frente à realidade e sem turbulências.

Para a cohead do Cubo Itaú, Renata Zanuto, identificar em que patamar uma startup está, por meio das nomenclaturas, é importante para entender seu valor perante o mercado. “São momentos e estágios de sucesso, para definir como elas estão classificadas. O empreendedor pode ter uma liquidez de várias formas”, avalia.

No caso dos dragões, a identificação pode ser feita, também, por correlação do tipo de inovação que apresenta. O CEO e fundador da startup BHub, Jorge Vargas Neto, define três tópicos: Incremental, quando pequenas melhorias ou atualizações são feitas nos produtos ou serviços e geram sustentabilidade; Radical, quando a empresa passa a explorar novos mercados e implementa novo modelo de negócios; e Disruptiva, quando muda completamente o mercado, substituindo um ecossistema de produtos.

O CEO, entretanto, explica que, além dos nomes relacionados aos animais, existem inúmeros fatores que podem fazer parte da categorização de startup, como capacidade de escalar, modelo de negócio, impacto no mercado, setor, credibilidade dos fundadores. Por esse motivo, o executivo afirma que os dragões são cases raros nos ecossistemas das startups. “Investir em uma startup dragão é a meta de todos os grandes players de venture capital, já que o investimento é devolvido aos fundos que fizeram o aporte”. Exemplos de case de sucesso que se encaixam nesse perfil são Uber, Bytedance (dona do TikTok) e Epic Games.

Para o mercado, o aumento do número de startups é um movimento que privilegia o setor econômico e movimenta as ofertas de serviços. Essas empresas têm como principal diferencial trazer soluções tecnológicas, ágeis e dinâmicas, que tendem a crescer rapidamente. A diretora sênior da Comscore para Brasil, Ingrid Veronesi, avalia que essas companhias são significativas para a economia mundial. “Um dos componentes fundamentais para o crescimento e consolidação de um negócio é a oferta de soluções inovadoras que facilitem a vida das pessoas e das empresas, e essa é uma característica inerente aos unicórnios”.

Série

“Zoo da Inovação” é uma série de Meio & Mensagem. Confira os demais capítulos e conheça as startups: unicórnio, camelo e zebra.

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